Criatividade
Prática de esportes em meio a pandemia
Escola municipal Alberto Cunha, de Morro Redondo, oferece o tênis de mesa como entretenimento para as crianças
Divulgação -
Professor Adriel Ramm é o idealizador do projeto (Foto: Divulgação - DP)
A pandemia do novo coronavírus levou a inúmeros decretos de medidas restritivas de circulação ao redor do mundo. No contexto do isolamento social, muitas pessoas se viram entediadas e sem muitos afazeres para o período. Contudo, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Alberto Cunha, em Morro Redondo, oferece uma prática alternativa do tênis de mesa para divertir as crianças durante o tempo do isolamento. Um projeto que contempla cerca de 200 crianças e que ensina os pequenos a construírem o esporte dentro de casa.
A ideia surgiu através do professor de Educação Física da escola, Adriel Ramm, em parceria com seu colega Tiarles Rodeghiero, professor de Eduação Artística. Docente há dez anos, o profissional escreveu um artigo na pós-graduação baseada na prática alternativa dos esportes. Com a paralisação das atividades escolares, ele enxergou uma possibilidade de implantar esta outra maneira de prática esportiva, com o viés voltado para o tênis de mesa. "Eu via muitas postagens voltadas a treinos, exercícios físicos, mas pouco material dirigido às crianças, que também estão neste período de quarentena. Então busquei esse lado lúdico, uma prática acessível desde os alunos pequenos, para que eles brinquem, até os mais velhos". O projeto atende a turmas do 3º até o 9º ano do ensino fundamental. No projeto, ele ensina as crianças a construírem raquetes a partir de materiais recicláveis, assim como utilizar desodorante rolon para conseguir a bola para uma partida.
A iniciativa tem recebido apoio do poder público municipal. O projeto Escola Todo Dia, que explorava as atividades em turno inverso, teve algumas verbas cortadas e o secretário municipal bancou a continuidade dos trabalhos. O professor explica que os alunos ainda terão mais atividades relacionadas ao tênis de mesa quando retornarem as aulas na cidade. "A gente disponibiliza o material na internet, mas nem sempre todos os alunos têm acesso. Por isso vamos retomar também nas aulas presenciais" destaca.
Raquetes são feitas basicamente com papel, papelão e cola (Foto: Divulgação - DP)
Diante das dificuldades estruturais das escolas públicas, o professor afirma que os profissionais de educação física desempenham um forte papel social. Ele destaca que são muitos os desafios em encontrar alternativas para motivar os alunos. Desafios que agora aumentam durante o período da quarentena, cujo momento proporciona que haja inovações na área e uma maior democratização na acessibilidade esportiva. "Esse é o papel social da educação física. É fazer com que os alunos conheçam os esportes e possam praticá-los na vida adulta. Não necessariamente virar profissional, mas levar um estilo de vida saudável."
Materiais alternativos
Para construir as raquetes, o professor utiliza materiais básicos como papelão, papel e cola. No entanto, diz que é possível realizar as raquetes com outros produtos. Ele ainda conta que os pais dos alunos têm se motivado e feito as raquetes de outras formas. "É muito legal ter esse retorno, até porque é uma proposta que vai muito além da quarentena e dos alunos da escola. Os pais mandam vídeos com os filhos fazendo as raquetes e teve alguns que fizeram com madeira, com materiais plásticos, tecidos. Dá para soltar bem a criatividade" conta.
Confira aqui como preparar seu kit para começar a jogar:
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